14 de dez. de 2018

O que fazer em Vassouras/RJ além do centro histórico?


Vassouras é uma cidade que eu sempre tive vontade de conhecer, mas nunca tinha reservado um tempo para ir. Em Julho desse ano resolvi tirar essa viagem do papel nas minhas férias. Afinal a data seria perfeita para aproveitar as atividades do Festival do Vale do Café e o climinha frio de inverno na serra. 


Contextualizando...


Vassouras fica no Centro-Sul do estado do Rio de Janeiro, conhecida no século XIX como cidade dos Barôes, viveu intensamente o período chamado de "Ouro Verde'', época em que a economia do país girava em torno da produção de café e da mão de obra escrava. O Brasil era líder da produção de café mundial, responsável por cerca de 75% de todo café produzido no mundo. 
Devido ao grande crescimento econômico da região os Barões construíram grandes fazendas, suas "casas grandes" possuiam arquitetura inspirada na Europa, principalmente em Paris.

A viagem...

Fui com meu namorado e planejamos uma viagem de três dias, que daria para conhecer a cidade e aproveitar algumas atividades do festival. 
Chegamos no dia 18 de Julho após 2h 30m de viagem partindo do Centro da cidade do Rio de Janeiro. A rodoviária de Vassouras fica bem pertinho do centro histórico da cidade e da para ir a pé para os principais hotéis e pousadas. 
Ficamos no Hotel Santa Amália, que fica a 5 minutos a pé da rodoviária e é um dos hotéis mais bem recomendados da cidade,conseguimos um valor relativamente baixo para época, de R$ 200,00 a diária para duas pessoas, porque reservamos com alguns meses de antecedência. 


O hotel é uma gracinha, bem grande com piscinas adulto e infantil, campo de futebol, redário e vários outros espaços de lazer. Eles costumam fazer várias festas durante o ano, fizeram uma festa julina mas foi um dia após a nossa saída, então não conseguimos participar. 


O café da manhã é excelente, muito farto e com várias opções de bolos, pães, sucos e frutas.


Assim que chegamos fomos conhecer o Centro histórico, e o Museu Casa da Hera, que é uma das principais atrações turísticas da cidade e fica bem próximo a Praça Barão de Campo Belo, para visitar esse museu é necessário marcar o dia e horário da visita por e-mail com antecedência. A entrada é gratuita.  Esse museu foi casa de Eufrásia Teixeira Leite que era pertencente a uma das mais prestigiadas famílias da elite cafeeira local,  soube administrar muito bem a herança adquirida pelo pai, e foi a primeira mulher do país a investir na bolsa de valores. Após sua morte deixou muitos dos seus bens para seus funcionários, além de doações para sua cidade.

Logo após a visita ao Museu fomos para o hotel e a noite fomos jantar no Bonatta Restaurante e Petiscaria no  centro histórico, eles tem um cardápio bem variado mas é focado em massas. Como eu adoro comida italiana pedi uma Lasanha aos quatro queijos ( a melhor que eu já comi na vida) e o Ruan pediu um espaguete à bolonhesa. O restaurante não é caro, o jantar para dois com as bebidas saiu em torno de R$50,00 e a comida e o atendimento foram ótimos.



 No segundo dia da viagem fomos à Casa de Memoria Severino Sombra, que conta a história de Severino Sombra um ex- militar do Exército que fundou a Universidade de Vassouras, inaugurou o curso de medicina  e deixou em testamento sua casa para a mesma.  Hoje a casa funciona como um museu, com  os seus pertences. A visita é guiada e gratuita, mas é necessário agendar.   



Logo após a visita almoçamos no  Bonatta (durante o dia eles tem um self-service baratinho e muito bom) e fomos à  Fazenda Cachoeira Grande, uma das principais fazendas da cidade, ela fica um pouco afastada do centro, então se não estiver de carro terá que fechar uma corrida com algum motorista em Vassouras, que sai mais em conta que ir de táxi, mas mesmo assim achei o valor do transporte um pouco caro, já que a fazenda não fica tão longe.  Fechamos com um motorista indicado pelos donos da Fazenda, que cobrou R$90,00 reais ida e volta. Para visitar a Fazenda é necessário agendar a visita com os próprios donos através de e-mail. Pagamos R$ 75,00 reais por pessoa  aos donos, no dia da visita.

 Assim que chegamos fomos recepcionados pelo proprietário (muito simpático) que conta a história da Fazenda contextualizando à época em que foi construída até os dias de hoje. Após a visita eles fazem um lanche da tarde  maravilhoso com o café produzido na  região. Depois do tour pela Fazenda e pela Casa, terminamos o dia com um pôr do sol incrível, digno de várias fotos.


  À noite fomos jantar na Temakeria K2,  na rua Broadway no centro, que  é famosa pois é cheia de barzinhos e restaurantes que ficam lotados de universitários. A comida era boa, a decoração era uma graça, e o jantar  com as bebidas saiu em torno de R$ 80,00 reais para duas pessoas.


 No terceiro dia de viagem fomos à Fazenda União Carvalheira. Para visitar essa Fazenda também é necessário agendar a visita com antecedência, eles fazem visitação pelo alambique e dão explicação sobre todo o processo de fabricação da cachaça produzida por eles, tem até umas provinhas no final hehe. A visita custou cerca de 30,00 reais por pessoa. Como o filho do proprietário (Nilsinho) estava no centro da cidade  no dia  da nossa visita, passou para nos buscar no Hotel para nos levar à Fazenda.  Fomos recebidos na Fazenda pelo proprietário, um senhor muito agradável, que nos conduziu na visita.  Logo depois fomos almoçar no restaurante self-service da própria fazenda, a comida feita no fogão à lenha é uma delícia e bem barata.

Nenhum comentário:

Postar um comentário